terça-feira, 29 de julho de 2014

Uma rua que se chama Esperança

Os dias são maus.

Disso ninguém duvida. E dependendo de qual parte do planeta você está lendo essa mensagem ou de como se encontra seu estágio emocional, seus dias podem está sendo piores ainda.

O mundo está em guerra. Será que ninguém vê?

Aviões estão sendo abatidos como passarinhos pela mão de um menino com sua baladeira. Por pura diversão.

A fome assola milhares de pessoas, e o vale de ossos secos se estende a perder de vista. A imagem do menino cadavérico continua servindo, muitas das vezes, apenas como pano de fundo de uma mensagem para tocar o nosso coração gordo. Tem gente que chora. Só que no final das contas, continuamos sentados em frente ao nosso aparelho distribuindo likes ao invés de atitudes. Ninguém faz simplesmente nada.

 A natureza geme pelos constantes ataques do bicho homem. Este predador astucioso, consumidor voraz, se espalha como uma peste destruindo tudo que toca. E pasmem, ainda existe quem acredita que somos racionais!

Países guerreiam entre si por motivos que nem eles mesmos sabem mais.  E não são só os países que estão apontando as armas uns para com os outros. Os vizinhos também. E os colegas de trabalho. E o chefe e o empregado. E os que eram para serem irmãos estão com suas cartucheiras cheias, prontos para o embate. A língua está em ponto de bala.

Há também aqueles que estão com suas armas apontadas para a própria cabeça. Suas mesinhas de cabeceira mais parecem uma farmácia. É remédio para dormir, para acordar; para não ter pesadelos, para sonhar; para sorrir e não ter tanto que chorar. Para abrir a porta e depois fechar. Para não pensar em morrer ou, quem sabe, para se matar.

E o que fazer ou pensar diante de uma realidade assim? Apego-me ao meu melhor remédio: a fé.

Fé que me refaz as forças na fraqueza. Que me capacita a perdoar quem tão traiçoeiramente me feriu. Que me encoraja a colocar com um sorriso no rosto mesmo quando tudo vai mal. Que me ajuda a continuar trilhando na estrada da vida mesmo com tantas placas tentando me fazer parar. É essa fé que não me faz desistir.
E você? Quer caminhar comigo?

“... mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fl 3.13-14).

                                                                                                     Jorgeana Jorge

sábado, 12 de julho de 2014

A graça da coisa



O fermento é um produto bem conhecido nosso. Ele é utilizado em diversas receitas contemporâneas, mas o processo de fermentação antecede e muito o nascimento de Cristo. Os organismos ditos fermentadores (fungos e bactérias) se valem deste recurso para produção de energia. Entretanto, entre os humanos, ele está sendo cotidianamente aperfeiçoado para apimentar os relacionamentos interpessoais.

Isso mesmo. Nada como um bom fermento para levedar a massa, ou melhor, as intrigas. Ainda duvida? Então me responda: que graça teria se sentar numa calçada e não reparar nos nossos vizinhos? Tem jornal melhor para se ler do que a vida dos outros?

Que graça teria o facebook se não pudéssemos dar, de vez em quando, uma alfinetadinha naquele desafeto que nós ainda mantemos no nosso grupo de amigos só para matarmos o infeliz de raiva? Ele bem que poderia passar sem essa, mas não vamos dar o gostinho, não é?

Que graça teria escutarmos um comentário de alguém por aí e não tomarmos a ofensa para nós? Convenhamos, é sempre mais divertido quando causamos uma tremenda confusão por nada.
Que graça teria eu guardar apenas para mim aquela informação que vai  atrapalhar a comunhão entre os irmãos? Afinal de contas, eu aprendi com a vida que todas as coisas têm que ser postas as claras. Ou não?
Que graça teria eu escutar uma fofoca e não passá-la a diante? É mesmo. Não teria graça nenhuma.

Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus. Mt 16.6
Evitem toda forma de mal. I Ts 5.22


Jorgeana Jorge