O fermento é um
produto bem conhecido nosso. Ele é utilizado em diversas receitas
contemporâneas, mas o processo de fermentação antecede e muito o nascimento de
Cristo. Os organismos ditos fermentadores (fungos e bactérias) se valem deste
recurso para produção de energia. Entretanto, entre os humanos, ele está sendo
cotidianamente aperfeiçoado para apimentar os relacionamentos interpessoais.
Isso mesmo. Nada como um bom fermento para levedar a massa,
ou melhor, as intrigas. Ainda duvida? Então me responda: que graça teria se sentar
numa calçada e não reparar nos nossos vizinhos? Tem jornal melhor para se ler
do que a vida dos outros?
Que graça teria o facebook se não pudéssemos dar, de vez em
quando, uma alfinetadinha naquele desafeto que nós ainda mantemos no nosso
grupo de amigos só para matarmos o infeliz de raiva? Ele bem que poderia passar
sem essa, mas não vamos dar o gostinho, não é?
Que graça teria escutarmos um comentário de alguém por aí e
não tomarmos a ofensa para nós? Convenhamos, é sempre mais divertido quando causamos
uma tremenda confusão por nada.
Que graça teria eu guardar apenas para mim aquela informação
que vai atrapalhar a comunhão entre os
irmãos? Afinal de contas, eu aprendi com a vida que todas as coisas têm que ser
postas as claras. Ou não?
Que graça teria eu escutar uma fofoca e não passá-la a
diante? É mesmo. Não teria graça nenhuma.
Vede e acautelai-vos
do fermento dos fariseus e saduceus. Mt 16.6
Evitem toda forma de
mal. I Ts 5.22
Jorgeana Jorge
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